feudalismo

2203 palavras 9 páginas
Economia
A história do Ocidente na Alta Idade Média é aquela da fusão entre as heranças romana, germânica e cristã, na formação de um novo mundo. Se Roma já legara uma tendência à ampliação das vilas e à constituição de novas relações de produção não escravistas no campo, os germanos, por sua vez, contribuíram para acentuá-las, ao propiciarem a recriação de um campesinato livre na Europa. Esse campesinato, oriundo de uma estrutura tribal que já conhecia a propriedade privada, guardava resquícios de uma organização comunal de trabalho, decorrente de seu próprio sistema de cultivo. Em cada aldeia, cada família detinha uma faixa de terra que, por sua forma longa e estreita, obrigava ao trabalho conjunto. Coletivo também era o uso dos prados e bosques.
Logo, conviviam no Ocidente cristão a grande propriedade e a pequena exploração familiar; o trabalho escravo e o camponês livre; a escravidão e a liberdade, numa gama enorme de matizes. Como vieram a fundir-se esses elementos?
Os germanos, que eram camponeses proprietários de terras livres (ou alódios), sofreram alguns constrangimentos para se colocar sob a proteção de um senhor. Havia a pressão decorrente do clima de insegurança generalizada da época. E também aquela decorrente da dificuldade de manterem o seu próprio estatuto de homens livres, já que, como tais, eram obrigados a atender às convocações militares e aos tribunais populares, ficando impossibilitados de cuidar de suas terras. Nessas circunstâncias, os camponeses optavam por entregar sua propriedade a um poderoso vizinho que, em troca da "proteção", cobrava-lhes renda e serviço. Poucos foram os alódios que resistiram à expansão da vila, que chegou a absorver aldeias inteiras para compor uma reserva de mão-de-obra capaz de compensar o nível medíocre das forças produtivas. No tocante às condições de sua existência, o antigo camponês alodial, ao tornar-se detentor de uma terra agora integrada ao domínio, equiparava-se, na prática, ao colono de origem romana

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