Familia e sociedade
A família é o lugar onde se ouvem as primeiras falas com as quais se constrói a auto-imagem e a imagem do mundo exterior. É onde s aprende a falar e, por meio da linguagem, a ordenar e dar sentido às experiências vividas. A família é o filtro através do qual se começa a ver e a significar o mundo.
O aumento da expectativa de vida dos indivíduos, em especial nos centros urbanos, repercute diretamente na vida familiar.
As novas funções atribuídas sobre os papéis femininos e masculinos redimensionaram os acordos, as estruturas de poder, expressão e sexualidade, dos afetos na família e, portanto, as relações familiares.
A multiplicação das famílias monoparentais, o crescimento do número de mulheres chefes de família, o aumento dos divórcios/separação e dos recasamentos são também indicadores das alterações pelas quais passa a vida familiar, levando a uma diversificação de modos de viver em família, não havendo uma única configuração familiar.
As famílias pobres tendem a sofrer inúmeras rupturas (corte nas trajetórias educacionais, empregos instáveis, trabalhos precários, alterações de moradias, rompimento relacionais e outros) capazes de gerar a saída (temporária ou definitiva) de seus membros mais jovens, como no caso dos abrigamentos de crianças e adolescentes. Nessa condição os papéis masculinos e femininos se tornam vulneráveis e alimenta-se o ciclo cheio de rupturas.
Então de por um lado, as famílias têm centralidade na vida das pessoas, por outro, as desigualdades sociais que marcam a sociedade brasileira acabam por excluir parte das crianças e dos adolescentes da convivência com sua família.
Importância da família
A família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre o sujeito e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o privado, bem como geradora de