eugenia

A situação dos afros descendentes
Desigualdade social, eugenia e higienização das raças
Anderson dos Santos Pereira

“Só os mais bem adaptados sobrevivem, só os mais bem “equipados” biologicamente tem maiores chances de se perpetuar na natureza” Pietra Diwan - 2007

Introdução
Muitas são as teorias sociológicas que tentam entender, explicar ou remediar o porquê de no Brasil e em outras sociedades mundiais os afros descendentes sempre viverem em situação de desigualdade em relação aos de descendência branca européia. É uma situação que atravessa os séculos e nem o tempo consegue amenizar. Poucos são os que conseguem ultrapassar essa barreira e provar que as questões raciais não deveriam ser parâmetro para a concessão de oportunidades dentro da sociedade. Vemos nos dias de hoje que o pouco que se conseguiu de avanço foi à custa de leis; ou seja, precisamos de leis para que os direitos que não foram respeitados por vontade própria da sociedade, passem a ser respeitados por força legal.
Se nos fosse possível voltar no tempo e perguntássemos aos negros escravos no Brasil do séc. XIX qual seria a forma de os afros descendentes passarem a ser respeitados como seres humanos em igualdade de condições com os brancos; talvez muitos responderiam que a abolição da escravatura seria a única forma disso acontecer. Com a libertação os escravos poderiam trabalhar, receber salários, adquirir residências, dar-se em casamentos e constituir famílias negras livres em território brasileiro e ser parte da nação. Bem sabemos, hoje, que se enganariam os que pensassem assim.

O fim da escravidão, porém, não melhorou a condição social e econômica dos ex escravos. Sem formação escolar ou uma profissão definida, para a maioria deles a simples emancipação jurídica não mudou sua condição subalterna nem ajudou a promover sua cidadania ou ascensão social.
Drª Carmélia Miranda - 2008

Então, a pergunta que se faz