Estudante
Mariana Ferreira
O presente artigo tem como objetivo, a partir da análise dos artigos “Clash of Civilizations”, de Samuel Huntington e “Clash of Ignorance”, de Edward Said, responder o porquê, em minha opinião, o artigo de Huntington é passível de análises críticas positivas e negativas.
-“-
Observando o panorama em que o artigo “Clash of Civilizations”, de Samuel Huntington, foi escrito: logo após o fim da Guerra Fria em 1993; deve-se levar em conta a nova divisão do mundo. Se antes conseguia-se classificar de acordo com o nível de desenvolvimento econômico ou político em Primeiro, Segundo e Terceiro mundo, segundo o autor, após a quebra dessa noção, as divisões passam a ser por etnias culturais (civilizações). Samuel explica que mesmo que dentro de uma determinada civilização existam diferentes níveis de cultura, as classificações acontecem no macro, pois por mais que dividam-se internamente, sempre vai haver, por exemplo, uma alma japonesa que diferencie esse povo do europeu. Também diz que uma civilização pode ser formada por apenas um Estado, ou por vários, o que realmente importa é que as pessoas se identifiquem pelo nível mais amplo de característica compartilhada (HUNTINGTON, 1993). O autor afirma que as civilizações são produtos de séculos de existência humana e são diferentes entre si por várias razões como língua, religião e/ou pela maneira que enxergam a vida em coletividade. Tendo dito isto, afirma que essas diferenças são mais naturais, profundas e duradouras que as políticas, ideológicas e econômicas e que por isto, dominaram as relações globais, ocasionando os maiores choques e conflitos da história. Estes choques, que acontecem pela intensificação da interação entre as diferentes civilizações por meio de fluxos migratórios, monetários, comerciais, aumentaram muito após a Guerra Fria juntamente à globalização e ao enfraquecimento do Estado-nação. A receptividade dos fluxos não