Estudante de Medicina Veterinária
O presente trabalho buscou, através de revisão de literatura, conceituar os termos e técnicas vinculadas á Medicina Nuclear e a importância da biofísica para o desenvolvimento desta.
De acordo com Duran (2011) a biofísica é uma área de conhecimento interdisciplinar que tem como objetivo o estudo de fenômenos físico-biológicos que envolvem organismos vivos e comportamentos resultantes dos vários processos da vida. Por conseguinte, esse ramo da física busca analisar as interações biológicas do organismo com o meio ambiente através da ótica dos eventos elétricos, magnéticos e mesmo nucleares.
A biofísica começou em meados do século XIX, com a evolução dos princípios físicos newtonianos que passam a ser aplicados às ciências biológicas. Em 1896, Antonie Henri Becquerel descobre a radioatividade ao observar que o urânio conseguia imprimir imagens em chapas fotográficas mesmo na ausência de energia, ou seja, que este elemento emitia energia própria, dando origem aos estudos da Radioatividade. O urânio foi o primeiro isótopo natural descoberto (Becquerel 1896), mas a radioatividade natural só foi conhecida dois anos depois pelos estudos de Marie Curie e Pierre Curie que isolaram o Po-210 e Ra-226 (1898) e com isso nomearam os “misteriosos” raios de radioatividade; eventos estes que dão início á Medicina Nuclear.
Em 1910, um educador americano, Abraham Flexner, escreveu um relatório que incitou uma reforma nas escolas médicas americanas e canadenses, de forma que, em 1930, a fisiologia biofísica experimental era o critério aceitado para a "medicina científica".
Foto: Marie Curie que recebeu o Prêmio Nobel de Física 1903 e Prêmio Nobel de Química 1911.
Concomitante a este período, a Medicina Nuclear começou a se esboçar quando George Charles Hevesy, em 1923, utilizou pela primeira vez, um traçador natural em uma exploração biológica. O passo seguinte aconteceu em 1934, com Frédréric Joliot Curie e Iréne Curie que descobriram a radioatividade