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2536 palavras
11 páginas
ESSENCIAL PARA O EXAME NACIONAL DEPORTUGUÊS – 12.º ANO (2ª FASE – 2011)
Matéria Teórica (Sem Funcionamento da Língua)
Autor: Francisco Cubal
MEMORIAL DO CONVENTO, de José Saramago
"Era uma vez um Rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez."
É ESSENCIAL SABER QUE:
Saramago recorre a um momento da História e, em forma de narração alegórica, sugere uma reflexão sobre esses acontecimentos, sobre o comportamento e o destino humano e sobre um orbe onde há a magia.
A obra é classificada como romance histórico, mas também social e de espaço. Articula o plano da
História (espaço físico e sociocultural) com o plano da ficção e o plano do fantástico.
O título da obra insinua memórias de um passado delimitado pela construção do convento de Mafra, com o que de grandioso e trágico representou como símbolo do país.
O fio condutor da intriga passa por Blimunda, que imprime à acção uma dinâmica muito própria e lhe confere espiritualidade, ternura e magia.
A acção centra-se na relação entre Baltasar e Blimunda. A relação entre estas duas personagens transgride todos os códigos em qualquer tempo, nomeadamente da época.
Memorial do Convento evoca a História portuguesa do reinado de D. João V, no século XVIII, procurando uma ponte com as situações políticas de meados do século XX. Durante o reinado de
D. João V, a inclemência e as vindictas do Santo Ofício são uma constante. As vítimas da
Inquisição tanto podem ser cristãos-novos como todos os considerados culpados de heresias, por se associarem a práticas mágicas ou de superstição.
A obra descreve uma época de desregramentos e dissemelhanças sociais, que se mantêm na hodiernidade: sumptuosidade/miséria; poder/aperreação; sacrossanto/profano; amor ausente/amor sincero; corrupção/penitência, etc.
A obra pode ser