Escolástica
Esta escola filosófica vigora do princípio do século IX até o final do século XVI, que representou o declínio da era medieval, sendo o resultado de estudos mais profundos da arte dialética, a radicalização desta prática.
A Escolástica tem tanto um significado mais limitado, ao se referir às disciplinas ministradas nas escolas medievais – o trivio: gramática, retórica e dialética; e o quadrívio: aritmética, geometria, astronomia e música -, quanto uma conotação mais ampla, ao se reportar à linha filosófica adotada pela Igreja na Idade Média. Esta modalidade de pensamento era essencialmente cristã e procurava respostas que justificassem a fé na doutrina ensinada pelo clero, guardião das verdades espirituais.
Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente. Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a escolástica será permanentemente atravessada por dois universos distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão aristotélica. No começo seus ensinamentos eram disseminados nas catedrais e monastérios, posteriormente eles se estenderam às Universidades.
O método adotado pela Escolástica se traduz através do ensino, fundamentado na lectio – o mestre domina a palavra – e na