Escolástica e Thomas de Aquino

Para melhor entendimento de como a fé foi associada à razão, é necessário citar o início da Filosofia Medieval, onde a dissolução do Império Romano acarretou o desaparecimento das instituições, fazendo com que os Padres (chamados “Pais da Igreja”) começassem a conciliar a herança clássica greco-romana com o pensamento cristão. A partir daí surgem novas ideias e conceitos filosóficos relacionados a fé, passando por Santo Agostinho o qual foi o primeiro grande filósofo cristão, que teve suas ideias expostas e complementadas no período seguinte, denominado Escolástica e Tomás de Aquino.
Este Período, que vai do começo do século IX até ao fim do século XVI, ou seja, até ao fim da Idade Média, foi marcado pelo surgimento das universidades e centros de ensino, com o conhecimento sendo transmitido já de maneira sistemática e não em diálogos como era feito no período de Platão e Aristóteles por exemplo. Apesar de terem sido a grande influência da filosofia escolástica.
Uma das principais preocupações dos filósofos medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da Igreja Cristã, como a da existência de Deus, a imortalidade da alma. Por isso acabou-se criando uma Teologia preocupada em provar a existência de Deus. E os argumentos usados para provar essa existência, foram tirados das próprias afirmações de Platão e Aristóteles, dos padres e homens da Igreja, como papas e santos a fim de obter mais adeptos a religião diante de tal comprovação. Dentro das escolas medievais são ministradas as disciplinas do Trivium (gramática, lógica e retórica) e do Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música), além de aprofundamento religioso (teologia) e latim.
O filósofo mais importante desse período é São Tomás de Aquino o qual produziu a "Suma Teológica", elaborando os princípios da teologia cristã. São Tomas de Aquino, foi um importante filósofo e padre. Foi declarado santo pelo