Epistemologia - Descartes e Hume

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO EM
RENÉ DESCARTES E DAVID HUME

O texto ora descrito versa sobre dois grandes personagens da Filosofia René Descartes e David Hume. O primeiro baseou todo seu estudo na razão e o segundo na experiência.
René Descartes e David Hume eram filósofos, e geraram ideias revolucionárias para suas épocas e inspiradoras para os dias atuais. Descartes foi um dos fundadores do racionalismo, que defende o conhecimento a priori. David Hume, seu oposto, foi um dos fundadores do empirismo, que valoriza a experiência como forma de conhecimento a posterior.
O filósofo francês René Descartes (1596 – 1650) é considerado por muitos o autor inaugural da modernidade. A modernidade pode, assim, ser entendida como uma série de sistemas que partem do sujeito para conhecer o mundo. Descartes inaugura uma forma de pensar que consiste em dizer que o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual, e o conhecimento sensível (isto é, aquele que nos advém por meio da sensação, percepção) é a causa do erro.
Descartes parte da dúvida, pois considera esse o meio de se obter a certeza. Duvida dos sentidos, por experimentar que às vezes o enganaram. Duvidava também dos elementos constitutivos da realidade (inclusive das verdades matemáticas), pois acreditava que poderia haver um gênio maligno que se dedicava a engana-lo constantemente. A dúvida é assim levada à sua forma extrema (dúvida hiperbólica), fazendo com que Descartes encontre-se no solipsismo (isolamento do eu em relação a tudo mais: ao mundo exterior e ao próprio corpo). Da própria dúvida surge uma certeza fundamental para ele, a certeza de que se duvido penso e, se penso, existo: Cogito, ego sun, definindo que eu sou uma coisa que pensa (um ser pensante). É a partir do “penso, logo existo”, que começam todas as descobertas, analisando todas as ideias existentes no pensamento; o “eu penso” é a primeira evidência para iniciar um conhecimento seguro e sem probabilidade de nenhuma dúvida. O intuito do cogito é o