electronica de potencia
J. A. Pomilio
3. CONVERSORES CA-CC - RETIFICADORES
Este capítulo faz uma revisão de alguns conceitos básicos dos retificadores. Um tratamento mais detalhado é feito na disciplina Eletrônica de Potência I (IT302).
A conversão CA-CC é realizada por conversores chamados retificadores.
No foco da disciplina de Eletrônica de Potência para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, tais conversores possuem aplicações nos três contextos.
Na geração, sua importância é permitir a integração de geradores CA assíncronos à rede, por meio de uma conversão de CA (em qualquer frequência) para CC. Ao processo de retificação segue uma conversão CC-CA e, então, uma conexão síncrona com a rede.
Na transmissão, a aplicação de retificadores acontece nos sistemas de transmissão em corrente contínua, normalmente de alta tensão (HVDC).
Há ainda a aplicação de retificadores na interligação de sistemas assíncronos como, por exemplo na subestação de Uruguaiana (RS) que interliga os sistemas brasileiro e argentino (50
Hz).
Os retificadores podem ser classificados segundo a sua capacidade de ajustar, ou não, o valor da tensão/corrente de saída (controlados x não controlados); de acordo com o número de fases da tensão alternada de entrada (monofásico, trifásico, hexafásico, etc.), ou ainda em função do tipo de conexão dos elementos retificadores (meia ponte x ponte completa).
Os retificadores não-controlados são aqueles que utilizam diodos como elementos de retificação, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Usualmente topologias em meia onda não são aplicadas. A principal razão é que, nesta conexão, a corrente média da entrada apresenta um nível médio diferente de zero. Tal nível contínuo pode levar elementos magnéticos presentes no sistema (indutores e transformadores) à saturação, o que é prejudicial ao sistema, ou ainda a uma subutilização do