Educação ambiental
Marília Freitas de Campos Tozoni-Reis*
Introdução o iniciarmos nossos estudos sobre as Metodologias Aplicadas à Educação Ambiental, é importante refletirmos sobre seus fundamentos teóricos, isto é, empreendermos uma reflexão conceitual acerca da Educação Ambiental. Iniciemos com a indagação sobre a (im)possibilidade de educar fora do ambiente, fora de um determinado espaço biofísico, social e histórico. Por consideramos impossível realizar qualquer proposta educativa sem incluir a reflexão sobre a relação que temos com o ambiente em que vivemos, problematizemos, então, o uso do adjetivo ambiental. Necessitamos qualificar a Educação como ambiental porque sentimos necessidade de destacar dimensões esquecidas do fazer educativo no que se refere à compreensão das relações entre a vida e o ambiente, em suas dimensões biofísicas, sócio-históricas, filosófico-políticas e socioculturais. Nossa primeira reflexão é a de que a Educação Ambiental é Educação e que a introdução do termo ambiental propõe o resgate do O que é Educação que parecia esquecido na Educação moderna: o ambiente. Grün (1996) Ambiental? identifica este esquecimento como uma das “áreas de silêncio” da Educação moderna, que estabeleceu-se sob a organização da sociedade capitalista industrial e, desde sua origem, esteve a serviço deste projeto social, econômico e político. A Educação moderna, em particular a escola, surgiu para contribuir, pela formação dos sujeitos, na construção deste modelo de sociedade, principal responsável pela degradação ambiental que hoje vivemos, pois, ao transformar a natureza em mercadoria, retira-lhe o valor em si mesma para transformá-la em valor de troca. Por outro lado, o movimento ambientalista, principalmente a partir de 1970, trouxe para a Educação a necessidade de (re)pensar as formas predatórias de nossas relações com o ambiente.
A
Diferentes definições de Educação Ambiental
“Educação Ambiental é um processo permanente, no qual