Economia encontrada nos livros de Rousseau
“Peço a meus leitores para manter bem distintas, ainda a economia pública, de que devo falar e que chamo governo, da autoridade suprema que chamo soberania; distinção que consiste no seguinte: esta tem direito legislativo e obriga em qualquer caso, o próprio corpo da nação, enquanto a outra não tem potência executiva e só pode obrigar os particulares”.
Nesta segunda parte de sua obra, Rousseau faz considerações em relação ao corpo político que ele considera semelhante ao corpo humano, onde o soberano é a cabeça; as leis e os costumes são o cérebro; o comércio, a indústria e a agricultura são a boca e o estômago que preparam o sustento comum; as finanças são o sangue, e os cidadãos o que faz a máquina se mover. Considera o corpo político como um ser moral que tem uma vontade geral que tende ao todo e a cada parte, sendo a fonte das leis.
Revela também que toda a sociedade política é composta por outras sociedades, cada uma das quais com interesses e regras próprias, mas que estão sempre subordinadas àquelas. Rousseau também cita os princípios da economia, como sendo: conhecer a vontade geral distinguindo-a, portanto da vontade particular; todas as vontades particulares devem ser conformes a vontade geral, fazendo-se, assim reinar a virtude; e, por fim a subsistência dos cidadãos.
Para Rousseau, “mesmo se houvesse entre o Estado e a família uma analogia tão próxima como a indicada por muitos autores, não se seguiria que as regras de conduta apropriadas para uma dessas sociedades fossem igualmente adequadas para a outra”. As diferenças entre as esferas (público e privado), levadas as últimas consequências seriam a base para chegarmos a um forma de governo exitoso.
O poder paternal era o que melhor simbolizava o regime absolutista e a distinção daquele poder em relação ao poder civil constituía a base da economia