Dsts

INTRODUÇÃO
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções causadas por um grupo heterogêneo de agentes, agrupadas devido à significância epidemiológica do contato sexual, embora esse não seja necessariamente o único meio de infecção (REESE & BETTS, 1991).
Em 1999, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou um total de 340 milhões de casos novos de DST curáveis em todo o mundo, entre 15 a 49 anos, 10 a 12 milhões destes casos no Brasil (WHO 2005). Devido à alta taxa de infectados todos os anos, características de transmissibilidade, sequelas da infecção, as DSTs se tornaram um grave problema de saúde publica e um dos principais eixos de gastos com a saúde no Brasil. Mas as DSTs só passaram a readquirir importância após a epidemia de Aids. Estudos mostraram que pessoas com DST e infecções do trato reprodutivo não ulcerativo têm um risco aumentado em 3 a 10 vezes de se infectar pelo HIV, o que sobe para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais (Fleming & Wasserheit 1999). Partindo do ponto em que muitos casos não têm cura (DSTs virais) e que muitas cursam em caráter intermitente ou com sintomas discretos, muitas DSTs são transmitidas por portadores assintomáticos (portador crônico) que na maioria dos casos são do sexo masculino, que transmitem a doença por tempo indeterminado. Já nas mulheres, grande parte dessas doenças cursa em caráter sintomático que se não tratadas provocam serias consequências no aparelho reprodutor e urinário podendo provocar infertilidade e esterilidade.
CLAMÍDIA
Tradicionalmente, três espécies de chlamydia foram reconhecidas: C. Trachomatis, C. Pneumoniae e C. Psittaci. No entanto, as duas ultimas foram recentemente alocadas em outro gênero, Clamydophila (CEDRIC MIMS et al., 2005). Sendo que das três espécies tradicionalmente conhecidas, apenas a C. Trachomatis é causa de DSTs, tendo suas características diretamente ligadas ao sorotipo envolvido na infecção. Os sorotipos A, B e C são causas de Tracoma, doença ocular