Drogas licitas e ilicitas
O primeiro contato com as drogas, muitas vezes ocorre na adolescência. Nessa fase, o indivíduo passa por bruscas mudanças biológicas e psíquicas, sendo a etapa mais vulnerável de todo o desenvolvimento humano. Conflitos de naturezas diversas afloram num momento de labilidade emocional e extrema sensibilidade.
O desafio da transgressão às normas estabelecidas pelo mundo dos adultos, a curiosidade pelo novo e pelo proibido, a pressão de seu grupo para determinados comportamentos, são alguns dos fenômenos típicos da adolescência que podem levar à primeira experiência com as drogas lícitas e/ou ilícitas. A associação reducionista do uso de drogas ilícitas à marginalidade, à improdutividade e à violência impedem uma compreensão mais ampla da questão. E, dentro dessa visão, o impacto que o uso de drogas ilícitas causa na família, pode provocar reações de rejeição e exclusão do usuário, levando, muitas vezes, ao aumento do consumo. Além disso, o "terror" que habita o imaginário social com relação a essas drogas, freqüentemente leva a banalização do uso de outras drogas (lícitas), que, se usadas de forma abusiva, podem provocar efeitos tão destrutivos quanto às primeiras.
1.0 Conceituação
A Lei 11.343 de 2006 adotou no parágrafo único do artigo 1, a terminologia droga, o que permite uma interpretação mais ampla e também é a expressão utilizada pela população em geral, sendo que esta é utilizada pela Organização Mundial de Saúde.
A Lei 6.368 de 1976, utilizava as expressão substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica para designação de droga, terminologia esta inadequada já que poderia trazer a idéia de que qualquer