Dos mares nunca dantes navegados

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Dos Mares Nunca dantes Navegados
Encontros e desencontros na África e na Ásia

Embora o destino dos navegantes estivesse circunscritos ao interior dos navios, não ficou restrito a esse ambiente. Ao mesmo tempo em que empreendiam expedições pela costa da africana, os navegadores estabeleceram os primeiros contatos com os nativos. Os valores dos africanos eram muito diferentes daqueles dos portugueses. O contato com os nativos na África anunciou os estranhamentos culturais.
O desembarque inédito dos portugueses na África provocava na curiosidade de pare a parte. Na atual Luanda, tomaram os navegantes por cadáveres vivos, pois segundo sua cosmologia a morada dos defuntos situava-se na água. Os portugueses rapidamente revelavam suas intenções, os portugueses chegavam a assustar até com pequenos gestos. Os africanos , apesar de se esforçarem tentando entender quem eram os estrangeiros antes de atacar, ficaram enraizados em suas tradições e os portugueses não abriram mão dos seus dogmas de sua fé forçando os nativo a se converterem ao cristianismo.
As florestas africanas repletas de perigosas feras como leões, leopardos pareciam intransponíveis aos portugueses. Diante do desconhecido, os portugueses tiveram a oportunidade de conhecer novas espécies de animais e plantas, porém, a vertente econômica era o que realmente motivava a coleta de espécimes. Pra os europeus, a África do séc. XV não era apenas terra de riquezas potenciais. Era também fonte de doenças desconhecidas como malária. Impedidos de avançar para o interior os portugueses contraíram as pragas que atacavam suas lavouras. Uma das pragas mais comuns a assolar as plantações eram as locustas. Um ataque de locustas era capaz de destruir o trabalho agrícola de muitos meses. Os portugueses, em meio a um ambiente hostil, não conseguindo combater as pragas sucumbiam diante da fome e das doenças.
Para diversos povos da África, os portugueses eram gente odiosa, arrogante e impaciente. Os portugueses se

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