Dos direitos dos animais
II
Teoria das
Linhas de Transmissão
Carlos Alberto Barreiro Mendes
Henrique José da Silva
2005
Linhas de Transmissão
1 LINHAS DE TRANSMISSÃO
1.1
Parâmetros distribuídos
Um cabo coaxial ou uma linha bifilar (mostrados na Figura 1 em corte transversal) são dois exemplos de estruturas que permitem guiar energia electromagnética entre dois pontos. A distribuição dos campos nestas estruturas é mostrada na mesma figura.
E
H
2a
2a
2b
a)
2b
b)
Figura 1 – Campos em linhas de transmissão: a) linha coaxial b) linha bifilar
Ambas as estruturas suportam modos de propagação TEM – Transverse ElectroMagnetic, isto é, o campo eléctrico e o campo magnético são ortogonais entre si e ambos transversais à direcção de propagação.
Quando assim é, torna-se possível o estudo da propagação recorrendo à análise convencional de circuitos não sendo necessário recorrer à teoria electromagnética geral.
Associado a um troço de cabo coaxial ou de linha bifilar existe uma determinada capacidade C e uma determinada indutância L . Duplicando o tamanho deste troço então a capacidade e a indutância também duplicam. Isto é verdade porque a capacidade e a indutância estão distribuídas ao longo de todo o comprimento da linha. Assim, conhecendo a capacidade por unidade de comprimento e sabendo o tamanho total do cabo então a capacidade total é obtida pelo produto de ambos. O mesmo se verifica para a indutância.
Além da capacidade e da indutância, qualquer linha de transmissão apresenta ainda uma resistência de perdas
R , associada às perdas nos condutores, e uma condutância de perdas G , associada a condutividade do
dieléctrico utilizado para separar os dois condutores. Os parâmetros C , L, R,G são denominados de parâmetros distribuídos da linha. A título de exemplo mostram-se na
Tabela 1 as expressões de cálculo destes parâmetros, obtidos através da análise electromagnética, para a linha coaxial e para a linha bifilar. Aqui [