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Introdução; as sociedades tem obviamente seus costumes que, sem duvida, são considerados obrigatórios por seus membros, mas se entendemos por lei um conjunto de regras reforçadas por uma autoridade independente, isso não será compatível com sua organização social. Temos de questionar a frase “são considerados obrigatórios” e nos perguntar se ela mão está encobrindo e ocultando o verdadeiro problema em vez de resolve-lo. Pelo menos em relação a certas regras, não haverá um mecanismo de obrigação, talvez não imposto por autoridade central alguma, mas respaldado em motivos reais, interesses e sentimentos complexos? Severas proibições, deveres pesados e responsabilidades muito penosas e mortificantes podem ser transformados em algo obrigatório, por um mero “sentimento”? g deve haver mais sobre essa valiosa atitude mental. Há muitas normas de conduta nas sociedades selvagens, consideradas como obrigações compulsórias. O cumprimento de tais obrigações é normalmente recompenado segundo a medida de sua perfeição, ao passo que sua desobediência recai sobre quem foi negligente. O fato é que nenhuma sociedade pode funcionar eficientemente se as leis não forem obedecidas de modo “voluntario e espotaneo”. A ameaça a coerção e o medo da punição não afetam o homem comum, seja ele selvagem ou civilizado.
II A economia melanésia e a teoria do comunismo primitivo. Há uma rigorosa distinção e definição dos direitos de cada um e isso faz que a posse da propriedade seja qualquer coisa, menos comunista. Há um sistema de divisão de funções e um sistema rígido de obrigações mutuas, em que um sentido de dever e de reconhecimento da necessidade de cooperação entram lado a lado, com a verificação do interesse próprio dos privilégios e dos benefícios. Assim encontramos a ordem, a lei, os privilégios definidos e um sistema de obrigações bem desenvolvido.
III A força das obrigações econômicas. Cada comunidade depende muito de sues parceiros. Se em algum momento esses foram