Direito Vs. Religião na antguidade

Egito – No Egito Antigo o politeísmo preponderou durante a maior parte do tempo. Os faraós eram reverenciados como deuses encarnados e eram eles que ditavam as leis, ou seja, a norma era legitimada na crença da população. Desrespeitar uma norma, portanto, constituía não só uma infração jurídica, mas como também um desrespeito aos deuses. A sacralidade do Direito egípcio garantiu aos faraós longos anos de reinado com raros períodos de turbulência. A deusa Maat era basicamente a norma e os valores para a aplicação da justiça, era a deusa da verdade, da justiça, da retidão e da ordem. Na cultura egípcia acreditava-se que o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantinham estreita relação. Se porventura alguma norma fosse quebrada em terra, o mundo dos mortos poderia ser comprometido. Por isso Maat está presente nos dois mundos para manter o equilíbrio na inter-relação entre ambos. Dessa forma, era ela a, base do direito egípcio.
Babilônia – Na Babilônia o politeísmo também vigorava, a sociedade baseava-se em um regime teocrático, onde as ações políticas e jurídicas são submetidas á um deus. Cada deus contemplado pela população tinha em uma ou mais cidades da Babilônia um grande templo, no qual diariamente se realizavam sacrifícios de animais e oferendas. Os babilônicos sentiam terror à morte, pois não acreditavam e não tinham esperança de uma recompensa para as pessoas que tivessem um bom comportamento em terra, para eles todos estavam destinados ao inframundo. Acreditavam que as leis eram de origem divina, ou seja, as leis eram oferecidas ao povo por um deus, por intermédio do rei. Conforme a tradição babilônica, Samas (deus-sol) foi quem ditou a Hammurabi as regras de direito do famoso código Hammurabico; Samas era considerado o grande juiz dos céus e da terra. Entretanto, o direito não era dado por deus, mas sim inspirado por ele.
Hebreus – A maior fonte de informações do povo Hebreu se da através da Bíblia, que é o livro da Aliança de Deus com o seu povo. Os