A desnutrição tem diferentes causas. Sejam elas socioeconômicas, políticas ou culturais. De fato, nem sempre a fome é o maior ou único causador da desnutrição infantil. Assim, teremos: Variáveis biológicas, socioeconômicas, ambientais, entre outras. Quanto ao peso ao nascer, crianças nascidas com menos de 2.500 gramas apresentaram probabilidade de 4 a 9 vezes superior ao da categoria de maior peso. O baixo peso está associado a diversas causas, entre as quais: prematuridade, condição genética, hábitos maternos inadequados ou prejudiciais como uso de drogas ou álcool, idade da mãe, ausência de acompanhamento pré-natal; a essas causas somem-se ainda fatores sociais, como baixa renda. A desnutrição intra-uterina ou fetal também é uma causa do baixo peso, pois impede o crescimento adequado da criança no útero. Em vários países, a má nutrição de bebês e crianças pequenas, problemas de crescimento e mortalidade estão associados ao desmame precoce e às práticas inadequadas ou escassas de complementação alimentar. Isso acontece porque alimentos inadequados são introduzidos frequentemente muito cedo, ou alimentos adequados muito tarde. De modo geral a alimentação complementar é ruim, de baixa densidade energética, com número de refeições insuficientes ao dia, constituída basicamente alimentos com baixo valor nutricional. Existem muitas crenças e costumes das mães sobre a alimentação da criança pequena, seja ela sadia ou doente, que interferem na boa prática alimentar. Nos últimos anos, tem crescido o consenso de que a maior ameaça às crianças, em termos nutricionais, ocorre durante o período entre os 6 e os 24 meses de idade, quando acontece a transição da amamentação exclusiva para o consumo da dieta familiar e quando as taxas de doenças infecciosas, como diarréia, são as mais altas.
A desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e mortalidade mais comuns entre crianças de todo o mundo. A fim de modificar esta realidade, a avaliação e orientação para