Designer Gráfico
Por: Joaquim Paulo
É sempre com renovada emoção que chego a Benguela.
E esta emoção se redobra quando é para conversar com velhos amigos e colegas de profissão, quando é para rever velhos companheiros de acções formativas.
Estou aqui como convidado do Sindicato Jornalistas Angolanos, para colocar o meu subsídio num tema sempre actual como é a
Ética. E principalmente quando se trata da ética de um grupo profissional como é nosso em tempo de eleições.
A deontologia jornalística está sempre na ordem do dia.
Não só em Angola. Um pouco por toda a parte, a crise de confiança do público nos média resulta, em larga medida, da persistência de praticas informativas condenáveis do ponto de vista ético. Estas praticas são frequentemente, algumas motivadas pelas disputas de audiências entre órgãos de Comunicação Social, outras motivadas por má formação dos jornalistas.
As questões éticas que se põem no exercício do jornalismo importam hoje não só aos jornalistas e as empresas jornalísticas – que vêem cada vez mais, no respeito pela ética profissional uma via decisiva para a recuperação da credibilidade dos seus produtos
junto do publico –, como às próprias sociedades democráticas, que justamente têm na Informação um dos eus pilares fundamentais.
Um questão se coloca sempre.
Até onde podem deontologicamente ir os jornalistas no exercício do direito de informar quando em confronto com:
Primeiro: os direitos fundamentais dos cidadãos como o direito à honra e ao bom-nome?
Segundo: o direito à reserva da vida privada?
Terceiro: o direito à presunção de inocência?
Quarto: que regras devem presidir a Recolha, o Tratamento e a
Divulgação de informações pelos Jornalistas?
Quinto: Qual a fundamentação ética racional do próprio direito de informar? Bom…Encontrar compreensão a estas questão é um dos motivos do nosso encontro de hoje.
As normas deontológicas tem natureza moral.
Situando-nos no campo