Declinio do feudalismo

As afirmações de Maurice Dobb nos levam a especificar a vida do senhor feudal através do trabalho excedente do camponês, ou seja enfatizar a relação entre o produtor direto e seu senhor. Era a partir de dessa relação que o feudalismo era consolidado e caracterizado como um modo de produção, o camponês era responsável por produzir e cultivar na sua terra, que era concedida pelo senhor feudal, e fornecer a esse seu excedente, que era o que gerava a renda de seu senhor.
Nesses modos, é possivel dizer que o que ocorria nesse sistema era considerado como um meio de servidão, uma vez que essa é caracterizada por uma obrigação imposta ao produtor através da força e independentemente de sua vontade, para que as exigências econômicas do senhor fossem satisfeitas.
A servidão é observada como uma relação de propriedade, como relação direta entre senhores e servos, onde o produtor direto não é livre, nem independente e como não possui mais seus meios de produção e é afastado da possibilidade de ter sua própria subsistência.
Dessa forma, sua relação com o proprietário dos meios de produção se torna contratual.
A dependência do senhor com o trabalho excedente, gerava sobre os camponeses tanto uma sobrecarga quando uma redução de sua subsistência o que resultava em uma exaustão e no estreitamento na relação entre senhor e servo, sendo essa responsável por manter o sistema vivo.
Com o crescimento do comércio, que foi evoluindo com o declínio da sociedade feudal, foram trazidos os comerciantes e a comunidade comercial, onde se iniciou uma circulação crescente de dinheiro por meio da troca, tendo como efeito a auto­suficiência da economia senhorial e a presença do mercador foi capaz de incentivar uma permutação nos produtos excedentes e a produção para o mercado.