Das políticas públicas às práticas cotidianas da avaliação da aprendizagem na educação de jovens e adultos
Autora:
NASCIMENTO, C. M. V. – UFES cmvnascimento@yahoo.com.br Coautores:
BASSANI, E. – UFES betebassani@ig.com.br BARRETO, M. A. S. C. – UFES cida67@terra.com.br RESUMO: O objetivo deste estudo foi analisar as influências das políticas públicas no cotidiano da avaliação da aprendizagem na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). A proposta metodológica foi norteada pelas diretrizes da pesquisa qualitativa a partir de um estudo de caso, e a matriz epistemológica adotada ancorou-se no materialismo histórico. A investigação teve como sujeitos de pesquisa: três alunos, a professora, a coordenadora e a pedagoga do primeiro segmento da EJA de uma escola pública da rede municipal de ensino da cidade de Vitória-ES. Os resultados revelam que as políticas públicas, muitas vezes, influenciam o aumento e o aprofundamento das desigualdades sociais. Nesse cenário, o professor perde o que se considera que deveria ser o foco principal da avaliação, que é a regulação do processo ensino-aprendizagem e a valorização do aluno, e passa a servir aos ditames econômicos pautados em políticas governamentais que hoje exigem do professor atingir dados numéricos que atendam às determinações do Banco Mundial.
Palavras chave: Políticas públicas. Avaliação da aprendizagem. Educação de jovens e adultos.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo foi analisar as influências das políticas públicas no cotidiano da avaliação da aprendizagem na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma escola municipal de Vitória – ES. Para isso, visitamos a abordagem materialista-histórica que, a nosso ver, traz uma visão complexa e inovadora do ponto de vista da relação sujeito-objeto. Nessa perspectiva, as políticas públicas educacionais no Brasil, se apresentam, como “[...] processo e resultado de relações complexas e contraditórias que se estabelecem entre Estado e