Da melancolia hamletiana ao spleen baudelairiano, Segundo Olgória Matos

1241 palavras 5 páginas
literatura universal i

UERJ – FFP – LETRAS
Literatura Universal I

Prof. Fernando Monteiro de Barros
2ª avaliação – Agosto de 2014
Alunos: Suelen Baldan / Yuri Ferraz

PROPOSTA:
Fazer um fichamento do texto de Olgária Matos: "Da melancolia hamletiana ao spleen baudelairiano", destacando somente os trechos em que a autora fala de Baudelaire. Em seguida, teça um comentário sobre a questão da modernidade em Baudelaire.

Charles Baudelaire
A melancolia volta a ser abordada por Walter Benjamin no século XIX com o poeta francês Charles Baudelaire. Benjamin relaciona a melancolia do drama barroco, que via o cadáver de fora, com Baudelaire que passou a o enxergar de dentro. Assim, o autor diz que o spleen baudelairiano é uma crítica ao que se passa dentro, a podridão humana que é maquiada pela sociedade do poeta.
Para entender Baudelaire é necessário contextualizá-lo a sua época. Paris do século XIX é seu cenário. Em seus poemas, como um fâneur (alguém que anda pela cidade a fim de experimentá-la) ele descreve de maneira poética e cheia de alegorias os antros e costumes decadentes que a burguesia parisiense ignora.
O homem moderno, para Olgária Matos, não é alguém que vai em busca de si mesmo, de seus segredos e de sua esquiva verdade; é alguém que procura inventar-se a si mesmo. Esta modernidade não libera, o homem em seu próprio ser, mas o constrange a enfrentar a tarefa de se produzir a si mesmo. Isto é resultado da Revolução Industrial e modificações políticas que ocorriam naquele tempo. Essa relação entre Homem e modernidade, para Baudelaire, é uma relação de ambivalência, pois, Baudelaire era fascinado pela Paris da modernidade, pela metrópole, com largas avenidas, iluminação a gás e pela reforma urbana feita por Haussmann; em contra partida era completamente desgostoso com os valores da modernidade, valores do progresso, do trabalho, do burguês, e por esse motivo Baudelaire era ambivalente. E nessa ambivalência a

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