Currículo
Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo(Tomaz Tadeu da Silva)
Neste livro encontram-se panoramas das teorias do currículo, a partir de vários autores e estudos que abordam a origem do campo do currículo, passando pelas teorias tradicionais, críticas e pós-críticas, tratando também introdutoriamente cada uma das perspectivas, como os principais conceitos e definições que as mesmas enfatizam. Fazendo análises sobre as teorias do currículo, desde sua origem até as teorias pós-criticas, e a contribuição das mesmas nos estudos sobre o currículo e as suas implicações na formação da subjetividade e da identidade dos sujeitos.
As teorias do currículo buscam justificar a escolha de determinados conhecimentos e saberes em detrimento de outros, considerados menos importantes. Para a teoria tradicional, o currículo deveria conceber uma escola que funcionasse de forma semelhante a qualquer empresa comercial ou industrial. Sua ênfase estava voltada para a eficiência, produtividade, organização e desenvolvimento. O currículo deve ser essencialmente técnico e a educação vista como um processo de moldagem. Na década de 1960 surgiram as teorias críticas que questionavam o status que era visto como responsável pelas injustiças sociais e procurava construir uma análise que permitiria conhecer não como se fazia o currículo, mas compreender o que o currículo fazia. Seguindo Althusser, a escola é compreendida como aparelho ideológico do Estado, que produz e dissemina a ideologia dominante através e principalmente, dos conteúdos. Bowles e Gintis davam ênfase à aprendizagem através da vivência e das relações sociais na escola que iriam repercutir na formação de atitudes necessárias no mercado de trabalho capitalista. Bourdieu e Passeron desenvolveram o conceito de “reprodução” e “capital cultural”, onde a cultura dominante incorporava e internalizava estipulados valores dominantes através do currículo escolar.
Na década