Cultura à moda mídia
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• A grande novidade da indústria cultural é o consumo instável e efêmero dos seus produtos – um longa-metragem é explorado no máximo por um ano, o ciclo de vida de um sucesso musical é de três a seis meses, um Best-Seller dificilmente ultrapassa um ano e é muito difícil que uma série de televisão lançada alcance ou passe dos treze primeiros episódios
• Intrínseco a essa efemeridade, aparece a paixonite cultural que faz com que milhares ou milhões de pessoas assistam o mesmo filme, leiam o mesmo livro e ouçam a mesma música.
• O mercado cultural possui a intrigante característica da imprevisibilidade, não há como saber qual será o próximo top hit. A televisão tenta controlar os riscos com a apresentação de pilotos, em que a audiência do episódio teste determina a possível produção da série completa.
• A promoção e a publicidade passaram a representar uma parte significativa do orçamento dos produtos culturais a serem lançados, custando às vezes até mais do que a produção. Incrementando essa despesa, há o cachê pago às estrelas. O custo total de uma produção pode até servir de argumento publicitário: sendo mais caro, torna-se mais atraente.
• A estratégia de multimídia apela para a criação de um produto partindo de uma produção anterior. Bons exemplos são filmes de animação que passam a ter DVD’s interativos com jogos e também brinquedos dos personagens. Lipovetsky explica: “cada produção funciona como publicidade para uma outra; tudo é “recuperado”.
Cultura Clip
• Para o autor o produto cultural atual apresenta formas já existentes só que com alguma individualidade, “a novidade no clichê”. Essa obrigação de renovação das indústrias culturais não tem nada haver com a idade moderna e a sua característica “tradição do novo”.
• Apesar da indústria da cultura clipe apresentar quase sempre os mesmos conteúdos, o autor ressalva que há obras que conseguem quebrar a tradição e inovar totalmente, criando um estilo próprio,