Cultura e Governos ditatoriais

Cultura e Governos Ditatoriais: Rádio e Televisão durante as Ditaduras no Brasil e Argentina (1964-1980)
Brasil
A ditadura militar no Brasil durou 21 anos, do golpe de 1964 a 1985, esse período foi marcado na história brasileira por censura, perseguição, tortura, repressão e muitas mortes; e com isso vieram as manifestações culturais e artísticas que foram muito importantes para conscientizar a população da época política que eles estavam vivendo.
Nos anos 60 a cultura brasileira estava passando por muitas mudanças, com o cinema novo mostrando o real contexto brasileiro, Brasil rural, sem luxo, sem formalidades e o grande sucesso da Bossa nova com inspiração do jazz norte-americano e no samba brasileiro.
Nesse período a bossa nova virou moda, os estudantes aderiram ao novo ritmo, passou a existir muitos produtos com o nome de “bossa nova” como a geladeira. Até Juscelino Kubitscheck foi apelidado de presidente Bossa nova.
Os Intelectuais esquerdistas começaram a criticar a Bossa Nova, pois acreditavam que a música não refletia ao que estava acontecendo, queriam que ela fosse politizada devido ao período que estavam passando, deveria adequá-la a realidade social, política do Brasil. Essa Bossa nova politizada se deu por volta dos anos de 1960/1961 e ainda em 1960 surgiu a Musica Popular Brasileira (MPB) com cantores como Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina entre outros.
Quando fixado o regime militar, a preocupação imediata era com políticos, parlamentares, ativistas, organizações populares, pois tais segmentos representavam certa ameaça. Músicos, artistas passaram a ter uma liberdade vigiada pelo regime.
Mesmo assim o rádio e a televisão foram meios que os militares encontraram de manipular e persuadir as pessoas. Mattos (2002) disse que os meios de comunicação de massa se tornaram um veículo, onde através dele o regime seria capaz de persuadir e impor seus ideais, além de conseguir manter o status quo após o golpe.
A ditadura militar no Brasil cooperou