Crianças
As concepções de criança e infância ao longo da História
Não há um único conceito de criança e infância e estas concepções dependem e variam de acordo com cada sociedade e cada época.
Existem características universais de ser criança, fragilidade, necessidade de atenção e cuidados especiais, como alimentação e cuidados físicos, requerendo esses cuidados durante muito tempo.
Durante os séculos XV e XVI, as crianças não eram vistas como seres inseridos socialmente. Muitas crianças morriam, pois não tinham a devida atenção para com sua saúde. Apenas nos séculos XVII e XVIII as crianças começam a ser vistas de outra forma. Para Ziberman,
“A mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros”. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.
Leituras sobre a Infância
* Filosófica: Jeanne Marie Gagnebim * Histórica: Philippe Ariès * Pedagógica: Bernard Cherlot * Social: Sonia Kramer
Historicamente...
Filosófica
Platão - Santo Agostinho (Idade Média) Montaigne ( humanisno) – Rousseau (naturalismo)
Santo Agostinho: “A infância é o território das paixões” (paixão X razão). Mas há o potencial de desenvolver a razão, então a educação torna o instinto em razão. Educação só para homens.
Montaigne/Rousseau: Predomina até hoje. Considerar a natureza da criança. O seu desenvolvimento. A infância é um território fértil que pode ser cultivado. Desenvolvimento corporal/físico (ginástica), como na Antiguidade. Educação para os nobres. Isolar a criança de um ambiente corrompido (isolada da sociedade!).
Histórica
* Idade Média (representada por anjos); * Sempre junto com os adultos. Mortalidade infantil muito