Corpo e alma
As operações lógicas e as operações matemática não basta para incluir Hobbes entre os seguidores de Descartes, mas pelo contrário sua posição sobre Descarte era visivelmente polêmica, chegando a mais profunda antipatia entre os dois. Essa discussão entre os dois possibilita a caracterização do pensamento de Hobbes, ele aceita que o conhecimento da proposição “eu existo” possa depender do conhecimento da proposição “eu penso”. Com isso, assimila a frase de Descartes ”penso, logo existo”. Essa consequência é rejeitada por Descartes, dizendo que Hobbes a acrescenta “sem qualquer razão e contra toda boa logica e contra o modo ordinário de falar”. Dessa diferença em relação a Descartes é que se pode destacar o principio fundamental da filosofia de Hobbes.
Hobbes universaliza o mecanismo. Para ele, “toda mudança se liga a um movimento de corpos modificados, isto é, de partes do agente e do paciente”. O espaço é a primeira das noções fundamentais de sua filosofia. Para ele, espaço “é o fantasma de uma coisa que existe enquanto existe, isto é, enquanto não se considere nela nenhum acidente a não ser aquele de aparecer fora daquele que a imaginava”. Existir é existir no espaço é corpo em movimento.
As palavras e as coisas
Depois que Hobbes estabeleceu as noções de corpo e alma, levou o mecanismo a invadir os domínios do espirito. Sua física procura explicar mecanicamente a maneira pela qual os corpos exteriores afetam o corpo humano e aí produzem as percepções e os fenômenos que delas dependem. Alicerçados nas sensações, os elementos do edifício cientifico seriam simples nomes. Na obra sobre o corpo, Hobbes explicita essa posição nominalista no referente á celebre questão dos universais “os conceitos que, no espirito, correspondemos nomes comuns são imagens ou fantasmas de objetos singulares”.
Então vemos que o conhecimento humano é explicado por Hobbes a partir do entrechoque de corpos, de movimentos exteriores e associando se e finalmente