cooperativos e competitivos
Jogos Cooperativos na história da humanidade
Segundo Reinado Soler (2008), os Jogos Cooperativos sempre existiram, consciente ou inconscientemente. A competição ganhou ênfase na sociedade moderna quando a riqueza passou a ser controlada apenas por alguns e estes tinham poder sobre os outros. Ainda segundo este autor, na organização social anterior ao surgimento da distribuição do poder, os homens eram eminentemente cooperativos, dividiam mais e não existia quem fosse mais ou menos importante. Talvez os argumentos de Soler sejam por demais romantizados, mas o fato é que há culturas que lidam com a questão da competição e da cooperação de modo diferente ao da sociedade capitalista.
Nesse sentido, os jogos dos índios canelas são ilustrativos. O objetivo é a confraternização entre os povos indígenas de diversas regiões do país. É um evento cultural e esportivo em que as tribos têm a oportunidade de apresentar sua organização, produção e história. Bem como trocar experiências com o grupo adversário sem grande preocupação com o resultado e sim com celebração entre eles. Nos jogos dos povos indígenas, são realizadas canoagem, arco e flecha, lutas, danças, pinturas e competições como a corrida de toras, que é uma corrida em que os índios se revezam para transportar um tronco denominado tora até o local pré-determinado. Essa corrida precisa da cooperação de vários corredores, pois o tronco é muito pesado para ser levado por um só corredor durante o longo trajeto percorrido (RÚBIO, FURTADO e SILVA, 2006).
Os Jogos Cooperativos no Brasil
Várias literaturas indicam Fábio Otuzi Brotto como principal referência sobre Jogos Cooperativos no Brasil. Ele e sua esposa, Gisela Sartori Franco, criaram em 1992 o Projeto Cooperação destinado à difusão dos Jogos Cooperativos através de palestras, oficinas, eventos, publicações e produção de materiais didáticos (BROTTO, 1995).
Brotto publicou em 1995 o livro