Cronicamente Inviável Cronicamente inviável é um filme brasileiro muito parecido com um documentário, ele mostra um retrato da desigualdade social no Brasil. Seis atores principais encarnam diferentes estereótipos do povo brasileiro: Adam, um sulista de origem polonesa, que vai trabalhar como garçom no restaurante principal do filme. Luiz, o dono do restaurante, o típico homem culto e “civilizado”. Amanda, gerente do restaurante, de origem pobre, uma pessoa que se deu bem na vida, mas se esquece da sua origem humilde preferindo viver e agir como uma burguesa. Maria Alice, mulher de classe média alta que se mostra preocupada com as injustiças sociais. Carlos, marido de Maria Alice, um economista que acredita na racionalidade e no pragmatismo do capitalismo. Alfredo, um pesquisador que viaja pelo Brasil em busca de uma explicação para os problemas sociais. O filme lançado no ano de 2000 é um manifesto sobre o desenvolvimento da sociedade e o caos em que ela se transformou dentro dos moldes do capitalismo. É através do personagem Alfredo que o filme nos leva a uma viagem pela realidade social de várias regiões do país, como a Bahia, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Amazonas, onde a sujeira é um traço marcante, em todos os sentidos, a sujeira da casa de Maria Alice, que a empregada negra limpa todos os dias, a casa da empregada que é suja porque ela não tem tempo de limpar, a sujeira de lixo na rua, dos lixos que os mendigos e os cachorros comem, a sujeira de urina que as pessoas fazem na rua, a sujeira das miseráveis relações interpessoais, a sujeira do preconceito, a sujeira da política. O Marxismo aponta que a história das sociedades humanas se dá por meio da luta de classes e que a oposição que se desenvolvia entre os nobres e camponeses na Idade Média seria uma variante da mesma relação de conflito que, no mundo contemporâneo ocorre entre a burguesia e o proletariado, no filme esse dualismo está presente em quase todas as cenas,