Construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e seus impactos para os povos tradicionais no município de Altamira
Rômulo de Souza Maximo1
Suely Pereira Melo2
Resumo
Este trabalho tem como cenário o município de Altamira, sendo uma breve história da sua formação territorial e sua relação com a dinâmica populacional, devido. Foca na recente dinâmica no processo de construção da hidrelétrica de Belo Monte e seus impactos diante os povos tradicionais.
Palavras-chave: Formação territorial, Dinâmica populacional, Povos tradicionais.
Introdução
O município de Altamira, no seu vasto território historicamente construído, hoje, passa por uma forte dinâmica populacional com a chegada do grande empreendimento hidrelétrico. Nesse trabalho, iremos apresentar os processos de formação do território e a realidade de sua dinâmica populacional através do grande projeto e seus problemas gerados no território de povos tradicionais que defendem a sua territorialidade, estando a mercê do “desenvolvimento”.
É importante levar em consideração o contexto histórico mundial, até chegarmos ao processo de colonização de Altamira. Por volta de 1464 Portugal e Espanha assinavam um acordo chamado tratado de Tordesilhas. Por meio desse tratado, quando os portugueses descobrissem o Brasil, a Amazônia inteira pertenceria a Espanha.
Tempos depois com a ocupação do trono português por Felipe II da Espanha, deixaria de existir fronteiras entre os dois países, o que mudaria o cenário da Amazônia, visto que todo território passou a pertencer a Espanha. Assim as portas para a colonização da Amazônia estavam abertas, pois até então quem tinha mais interesse de explorá-la eram os portugueses, porém não podiam em decorrência do tratado já citado acima.
Em 1616, com a fundação da cidade Belém, foi o ponto de apoio que Pedro Teixeira e Bento Maciel, ambos da companhia dos jesuítas precisavam para implantar suas missões na Amazônia. Os primeiros