Consciência e Seus Processos Alterados
1 – ASPECTOS DA CONSCIÊNCIA
A medida que novas e importantes descobertas são feitas no campo da neurofisiologia, biologia evolutiva, genética e vários outros campos da psicologia, acreditamos que uma explicação da consciência está na eminência de surgir. Mas ainda não se pode afirmar que exista uma teoria que ofereça uma única explicação sustentável. Ao contrário, existem tantas teorias quando indivíduos que buscam teorizar sobre esse tópico. Assim, na ausência de uma teoria geral, nossa discussão sobre a consciência terá como proposta introduzir alguns termos e conceitos que oferecerão uma perspectiva sobre esse tópico – uma integração das várias especulações já feitas até então...
O QUE É CONSCIÊNCIA?
Os psicólogos mais antigos equacionavam “consciência” como “mente”. Eles definiam a psicologia como “o estudo da mente e consciência” e usavam o método introspectivo para o estudo da consciência.
Com o surgimento do Behaviorismo esse método de investigação caiu em descrédito, visto que os seguidores dessa abordagem acreditavam que, enquanto uma ciência, os dados investigados pela psicologia deveriam ser objetivos e mensuráveis (eventos públicos) e que aquilo que seriam comportamentos observáveis apenas para a pessoa seriam considerados eventos privados e,portanto sem valor científico.
Somente nos anos 60, os psicólogos começaram a reconhecer que esses eventos não poderiam ser negligenciados e que uma psicologia completa não poderia deixar de reconhecer o comportamento humano de forma global. Retoma-se então as teorizações sobre a consciência. Assim, apesar da reemergência da consciência na psicologia, ainda não existe um consenso sobre uma definição do termo: Muitos livros simplesmente define a consciência como o conhecimento atual do indivíduo sobre os estímulos internos e externos, ou seja, de eventos no ambiente e de sensações corporais, recordações e pensamentos.
Com origem no vocábulo latim conscientĭa (“com