Conformismo Mútuo
Ao toque do despertador, levantar, escovar os dentes, lavar o rosto, tomar um bom banho, como um impulso para viver mais um dia rotineiro.
Lugares cheios de pessoas vazias. Pessoas atrasadas, sempre atrasadas, indo e vindo em um trânsito de corpos cansados, vivendo ou apenas sobrevivendo às obrigações impostas por outros, ou até mesmo por si próprio.
O incômodo de pensar que vida a qual vivemos é uma só, que pode durar 80 anos, ou 8 dias, nos faz fugir da realidade, seria hipocrisia dizer que vivemos, sendo que muitas das vezes simplesmente não enxergamos a verdadeira beleza da vida. O sol, um simples nascer do sol, visto com os olhos de uma criança, muda tudo, pois é no olhar de uma criança que verdades são enxergadas, cores, texturas, tons, não há porque ignorá-los, aliás, eles é quem não deviam nos agraciar com sua beleza, já que somos tão superficiais e não sabemos enxergar o que está à nossa frente o tempo todo.
Viver. Talvez viver seja apenas o jeito de se mostrar vivo, mostrar sua importância, o seu valor, colocar uma roupa que lhe agrade, pentear o cabelo de uma forma qualquer, ou nem pentear o cabelo. Por que se importar tanto com o olhar dos outros? Afinal, para quem vivemos se não é para nós mesmos? O tempo é curto demais para viver para os outros.
Sair da zona de conforto, buscar o novo, pessoas novas, compartilhar sorrisos, novas experiências, mostrar para que veio. Não render-se a salários altíssimos proveniente de um trabalho desgastante e que não é de seu feitio, já diziam que dinheiro não traz felicidade, talvez ele traga, ou talvez não mesmo. Prefira ser lembrado pelo que você é e não pelo que você tem. Saia da zona de conforto.