Conceitos de qualidade de vida
Os anos foram passando e em meados da década de 70 Augus Campbell, (1976, referiu que as dificuldades para definir qualidade de vida tinham a ver com o facto de ser um conceito muito falado mas pouco percebido: “… uma vaga e etérea entidade, algo sobre a qual muita gente fala, mas que ninguém sabe claramente o que é.”
Continuando a progredir no tempo verificamos que os estudiosos foram reflectindo sobre o conceito de qualidade de vida e a partir dos anos 80 considerou-se que este envolvia diferentes perspectivas, entre elas a biológica; psicológica; cultural; e económica, ou seja, o conceito era multidimensional. No entanto, só na década de 90 se chegou à conclusão acerca da multidimensionalidade e também da subjectividade deste conceito, uma vez que, cada indivíduo, avalia a sua qualidade de vida de forma pessoal, nas diferentes perspectivas de qualidade de vida.
Ainda na década de 90, Gil et al. (1994) pesquisaram sobre a definição e avaliação da qualidade de vida na área da saúde, tendo concluído sobre a falta de clareza e de consistência tanto no que respeita ao significado do conceito como à sua avaliação, o que ainda se verifica actualmente, apesar de existirem múltiplas definições e cada vez mais instrumentos de avaliação de qualidade de vida.
Costa Neto (1998) identificou 446 instrumentos de avaliação de qualidade de vida em 70 anos, dos quais, 322 só apareceram na literatura a partir dos anos 80. Não há dúvida que o empenho na construção de instrumentos de avaliação de qualidade e vida aumentou muito na década de 80.
E chegando a 2005, Arnaldo Ribeiro, referiu-se ao aparecimento do