Conceitos básicos de linguística

Abordagem histórica A linguagem sempre despertou o interesse da humanidade. No Egito, crianças foram isoladas para descobrir como adquirimos uma língua, os gregos também foram curiosos e buscavam uma motivação entre a denominação de um objeto e o seu significado. Aristóteles determinou a existência e relação entre o “mundo real” e o “mundo das idéias", e assim proveu uma noção de signo linguístico, também foi pioneiro em elaborar uma teoria para a frase, identificando as partes do discurso e as categorias gramaticais de seus elementos, mas estas análises ainda não constituíam a linguística como ciência porque não representavam um método, um objeto e matéria. A primeira etapa para que a linguística virasse ciência foi feita pelo gramático hindu, Panini, nascido no século IV a.C, ele descreveu em detalhes o sânscrito e a sua língua, o hindu, porém o conhecimento desse texto só se deu na metade do século XIX. A língua, até então, só era estudada em associação com outras áreas, mas no início do século XX, com a publicação do Curso de linguística Geral de Ferdinand Saussure, acontecem mudanças sobre essa questão.
Século XVII Este século, marcado pela relação entre linguagem e razão, e também como o século das Gramáticas Gerais, via a língua como representação do pensamento sendo comandada por convicções lógicas e comuns a todas as línguas. Pressupostos, implícitos e ambiguidades não existiam nessas falas, pois os teóricos exigiam textos claros e precisos dos falantes nativos. Antes dessa época, apenas eram estudados o grego e o latim, e então começaram a escrever as gramáticas das línguas vulgares. No século XV, com o surgimento da imprensa, as línguas vulgares foram reconhecidas como línguas nacionais e idiomas de cultura, e então foi preciso estabelecer a ortografia e outros elementos que constituem um idioma. Neste período surgiram duas academias, a Accademia della Crusca fundada em Florença no ano de 1572 e a Academia Francesa, de 1637, e