Comunidade dos Taxistas no RJ
Quando nos foi apresentada a ideia do trabalho, reunimos o grupo e pensamos em qual tema poderia abranger as questões sociológicas levantadas. Chegamos à conclusão de que a Comunidade dos Taxistas do Rio de Janeiro seria um tema interessante para fazermos novas descobertas.
Elaboramos uma série de questionamentos para serem respondidos em nossas entrevistas com taxistas conhecidos, taxistas que ficam em pontos e em corridas que os próprios integrantes do grupo fizeram.
Esses questionamentos foram em torno da regulamentação, como por exemplo: o órgão regulador dos veículos, quem regula a classe, como e quantas são as cooperativas, procedimentos para a habilitação dos condutores, média de carga horária e remuneração e como funciona o pagamento de diárias. Também os questionamos sobre generalidades, como por exemplo: códigos linguísticos entre os profissionais, diferenças das jornadas diurnas e noturnas, como lidar com o estresse que o trânsito causa, qual a visão da família sobre a profissão, se eles exercem outras profissões e usam o taxi para complementar a renda, códigos de conduta e reciprocidade, questões não regulamentadas pelo órgão regulador, envolvimento com atividades ilícitas, preconceito na escolha de passageiros, convívio com as forças de segurança, as reivindicações da classe junto ao governo e como eles chegaram até essa profissão.
Compreende um número de aproximadamente quarenta mil veículos só na cidade do Rio de Janeiro, legais e ilegais, totalizando um número aproximado de setenta mil condutores habilitados e autorizados a trafegar nas ruas. Embora a grande maioria dos taxis do país siga regras normatizadas e códigos de conduta semelhantes, é oportuno distingui-los, por existir algumas particularidades, como, por exemplo, a cor dos veículos. Nos municípios vizinhos ao Rio de Janeiro, os veículos seguem diferentes padrões de cor e identificação. Um mundo fascinante, um mundo próprio, com nuances indagatórias