Clínica da Atividade
Surge na década de 90 na França com Yves Clot baseada nas teorias de Vygotsky e Bakhtin, assim segundo Vygotsky, o desenvolvimento do homem é processual e social, a criança se reinventa na atividade, depende do outro e do meio para se desenvolver.
Para Yves o homem é construído em sua subjetividade e na atividade.
Na Clínica da Atividade é destacável o conceito que o Yves desenvolve sobre o “Trabalho Real”, este conceito compreende os impedimentos para realização das atividades, as potencialidades que o trabalhador possui para realizar o trabalho de formas diferentes, as possibilidades de contribuir com o outro para realização da atividade, vai além da mera execução da atividade, sugerindo também a compreensão dos impedimentos que entravam o desenvolvimento do trabalho.
As influencias de Vygotsky contribuíram possibilitando uma visão de homem que não é determinado biologicamente ou cronologicamente, mas como passível de modificação, reinvenção, metamorfose e recriação, assim o desenvolvimento do sujeito no trabalho é processual.
Outra referência importante nesta perspectiva é o que Yves chama de “Função Psicológica do Trabalho”, ou seja, para Yves, há no trabalho uma dimensão psíquica, mas que é compartilhada, algo individual, mas que extrapola essa dimensão ultrapassando assim o universo coletivo dos trabalhadores tornando o trabalho uma realização coletiva.
Yves destaca também a importância da controvérsia, da divergência quanto a realização do trabalho e afirma que não há um modo único de realizar a atividade, assim como não há uma forma única de explicar sobre o trabalho, o que favorece o desenvolvimento do próprio trabalho, uma vez que opiniões diferente enriquecem o trabalho sendo necessário a estimulação das contradições, das controvérsias, segundo o autor. Além disso, é assim que se pode chegar ao real entendimento da atividade, ou seja, a apropriação desta.
O trabalho é um das formas de o homem estabelecer