Cinema Burlesco E Seus Principais Atores

Cinema Burlesco e seus Principais Atores

O presente artigo é fruto da inspiração despertada pelas aulas de cinema, dadas nos dias 12 e 19 de setembro de 2014, e que foram ministradas pela professora Bernadete Lyra. Quando nos vem à mente a palavra “Burlesco”, as primeiras imagens que despontam em nossa mente são as de dançarinas francesas nos cabarés, nos Moulins, nos Salons, tão bem retratadas por Toulouse Lautrec, na Paris de 1889. Em telas como “Mulheres de Espartilho” o pintor joga com a sensualidade o jogo de mostrar e não mostrar os corpos; despertando todo um erotismo em forma de dança, caso do Can-Can que nasceu na França em seus cabarés. Eis aí o berço do Burlesco, que ao fim e ao cabo é um tipo de exposição teatral, mas sobre o qual incide uma brincadeira ou gozação, que em várias das ocasiões implica em uma exposição sensual de corpos. Às vezes descamba para o exagero e quase chega à “chanchada”. O Burlesco, portanto, faz parte de uma representação dramatizada ou dançada, que propende para o exagero. Essa representação demodo exagerado, descomedido, parodia caricaturiza personalidades aloucadas e chocarreiras. Liza Minelli, em “Cabaret” (1972), traz muito do Burlesco para sua personagem, quando dança de forma desengonçada a fim de provocar riso. A dança burlesca não é considerada pornográfica; nela os movimentos do corpo estão a serviço da gag; não é uma dança para ser levada com o mesmo teor de seriedade que o do ballet clássico. Exemplos da raíz da dança burleca são “O Anjo Azul” (1930) com Marlene Dietrich e “Vitor ou Vitória” (1982) com Julie Andrews. Os filmes burlescos, que se distinguem pela inserção de gags e perseguições, teve seu início, praticamente, no começo dessa mesma arte. “L'arroseur Arrosé” (O Regador Regado), de 1896, filme francês dos irmãos Lumière, é entendido como a primeira