Cesar lattes
Um futuro brilhante esperava por ele, pouco tempo depois que terminou seu bacharel em 43 já estava recebendo o título de Doutor Honoris Causa em 1948 da USP. Título que ganhou por ser co-descobridor do píon, ainda aos 22 anos.
De um lado a descoberta revelava a partícula, presumivelmente, responsável pelo comportamento das forças nucleares. O alcance desse feito ultrapassou as fronteiras da ciência fundamental dadas as expectativas que então revestiam qualquer ampliação de conhecimentos nesses domínios; A produção artificial daquela partícula, em 1948, ainda por Lattes mas agora em associação com Eugene Gardner, no recém-construído sincro-ciclotron da Universidade da Califórnia, em Berkeley, marcou o início de formidável corrida para a construção de aceleradores mais e mais potentes que caracterizou a física nuclear do pós-guerra. Foi convidado para substituir o falecido Enrico Fermi na chefia do seu Instituto na Universidade de Chicago, recusando esse convite e retorna ao Brasil para criar, na USP, um laboratório para estudos de interações a altas energias na radiação cósmica.
Além disso, teve grande esforços na melhoria dos experimentos para detectar partículas com emulsificações e também lutou para o desenvolvimento científico no Brasil e na América do Sul. Criador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Instituto que polarizou e agasalhou iniciativas como a da formação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a da Escola Latino-Americana de Física, o Centro Latino-Americano de Física e ainda junto com colegas bolivianos, cria em La Paz, as condições para o que viria a ser o Laboratório de Físicas Cósmicas. Teve um papel importante na catalização dos esforços que levaram finalmente à criação do Conselho Nacional de Pesquisas