CATFISH E AS REDES SOCIAIS

CATFISH E AS REDES SOCIAIS

Na sociedade moderna temos observado cada vez mais o crescimento de um intrigante fenômeno: as redes sociais. É difícil julgar ou supor as consequências destes monstruosos mecanismos que vem ocasionando uma das maiores revoluções sociais de todos os tempos.
Todas as revoluções têm dois lados. Um bom. As redes sociais aproximaram pessoas distantes, facilitaram a comunicação e, por um ponto de vista, facilitaram a formação de amizades. Mas também existe um lado ruim. Este é um pouco mais difícil de analisar a curto prazo. Temos micro consequências bem visíveis. Identidades falsas, “ladrões” virtuais, um novo mundo para a pedofilia. Porém, temos uma sombra dos grandes problemas. O fim da privacidade é um deles. Não existem mais segredos. Tudo o que fazemos pode ser acessado a qualquer momento e de qualquer lugar. É como uma grande ficha policial disponível para todos. Existem também problemas mais sutis. O jeito como as pessoas se relacionam mudou para sempre. Conceitos como casamento e família foram severamente afetados. Antigos meios de comunicações desapareceram e novos surgiram. E no meio desse furacão de mudanças algumas pessoas se adaptam rapidamente, outras nem tanto. Algumas se sentem acolhidas pelo novo meio e mais participantes do que nunca e outras excluídas de uma nova ordem. E dentro desse caso podemos citar Ângela do filme. Com muitos problemas em casa, e se sentindo marginalizada pela sociedade em mudança, ela encontrou uma forma de se sentir acolhida e inserida novamente, através de uma falsa identidade. Ela cria uma fuga da realidade. Uma fuga dos filhos doentes, dos problemas financeiro, da sua rotina e compõe uma nova vida, com personagens diferentes, novos rostos, novas conversas. Os documentaristas viram nisso uma denuncia a uma sociedade que nem sempre é tão inclusiva e acolhedora quanto aparenta ser. Uma pessoa ter de criar uma rede de identidades falsas para poder ser acolhida em um novo meio que começa a se