CASO 1 Srta Anna O
“Na ocasião em que adoeceu (em 1880), a Srta. Anna O. contava vinte e um anos de idade. Pode-se considerar que era portadora de uma hereditariedade neuropática moderadamente grave, visto que algumas psicoses haviam ocorrido entre seus parentes mais distantes.[...] Não havia mostrado nenhum sinal de neurose durante seu período de crescimento. Era dotada de grande inteligências e aprendia as coisas com impressionante rapidez e intuição aguaçada.[...] Anna tinha grandes dotes políticos e imaginativo, que estavam sob o controle de um agudo e crítico bom senso” (p.57)
“Um dos seus traços de caracter essenciais era generosa solidariedade.Mesmo durante a doença, pode ajudar muitos a si mesma por te conseguido cuidar de grande numero de pessoas pobre e enfermas,pois assim satisfazia a um poderoso intinto [...]A noção da sexualidade era surpreendentemente não desenvolvida nela. A paciente, cuja vida se tornou conhecida por mim num grau em que raras vezes a vida de uma pessoa é conhecida de outra, nunca se apaixonara; e em todo o imenso número de alucinações que ocorreram durante sua doença a noção da sexualidade nunca emergiu.” (p.57/58)
“O curso da doença enquadrou-se em varias fases nitidamente separáveis: (A) Incubação latente. De meados de julho até cerca de 10 de dezembro de 1880. Essa fase da doença costuma ficar omissa para nós; mas, nesse caso, graças a seu caráter peculiar, foi-nos completamente acessível; esse fato, por si só, traz um apreciável interesse patológico para o caso. Descreverei esta fase em seguida. (B) A doença manifesta. Uma psicose de natureza peculiar, com parafasia, estrabismo convergente, graves perturbações da visão, paralisias (sob a forma de contraturas) completa na extremidade superior direita e em ambas as extremidades inferiores, e parcial na extremidade superior esquerda, e paresia dos músculos do pescoço. Redução gradual da contratura nas extremidades da mão direita. Alguma melhora, interrompida por um