Capital fetiche
As transformações no mundo do trabalho têm um rebatimento no serviço social que se insere como profissão participando na divisão social e técnica do trabalho, contribuindo para a reprodução das relações sociais que não se resume apenas à reprodução de trabalho, engloba o conjunto das atividades desenvolvidas pelos homens no processo de produção. A reprodução das forças produtivas envolve também a reprodução ideológica. Na sociedade capitalista, a instituição do Serviço Social enquanto profissão vem responder a reprodução das relações sociais antagônicas. Assim, a profissão é polarizada pelos interesses de segmentos, de um lado o poder do Estado representando a classe dominante e por outro a classe dos trabalhadores, responsáveis pela reprodução social. Assim, é indispensável que o profissional vá além das rotinas institucionais buscando apreender o movimento da realidade para identificar tendências e possibilidades impulsionadoras da prática (IAMAMOTO; CARVALHO, 1998).
Portanto, os assistentes sociais possuem como objeto de trabalho as várias expressões da questão social, fruto da relação de confronto e antagonismo entre classes.
Desse modo, o Serviço Social “situa-se no processo de reprodução das relações sociais, fundamentalmente como uma atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante junto à classe trabalhadora” (IAMAMOTO;
CARVALHO, 1998, p. 93-94).
As demandas contemporâneas do serviço social estão, portanto, articuladas às transformações ocorridas nas formas de gestão e consumo da força de trabalho e as configurações operadas na sociedade devido à adoção da política neoliberal do país.
Com as mudanças oriundas da minimização do Estado e da reestruturação do processo produtivo, profissionais das áreas mais distintas são obrigados a redimensionar sua prática para permanecer no mercado. Esta realidade reflete no campo de atuação dos