capital fetiche
Resumo
Este texto analisa a mundialização do capital sob a hegemonia do capital que rende juros – o capital fetiche –, suas repercussões no redimensionamento da “questão social” na atualidade, expressões particulares que assume no Brasil e respostas institucionais. O Serviço Social é tratado como uma especialização do trabalho social no processo de reprodução das relações sociais. Acentua-se a tensão incidente no exercício profissional entre a alienação inerente ao trabalho assalariado e as projeções coletivas dos sujeitos profissionais.
Palavras-chaves: Mundialização do capital. Questão social. Serviço Social no Brasil. Introdução
Transformações históricas de quantidade alteraram a face do capitalismo e das sociedades na América Latina nas últimas três décadas. Em resposta a várias e longas crises, o capitalismo avançou em sua capacidade de tornar internacional a produção e os mercados, aprofundando o desenvolvimento desigual e combinado entre as nações e, no seu interior, entre classes e grupos sociais na parte interior das relações entre poder e dependência. Nesses tempos compostos pelo grande capital financeiro, as generalizações de seus fetichismos se espalham em todas as partes da vida social: repassa a sociabilidade, impulsiona e desmancham as conquistas civilizatórias dos trabalhadores. A fetichização das relações sociais alcança o seu ponto máximo sob a hegemonia do capital que