botulismo
Descrição da Doença:
O botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de uma potente neurotoxina produzida por uma bactéria denominada Clostridium botulinum. O Clostridium botulinum é um bacilo gram-positivo, anaeróbio, esporulado, e sua forma vegetativa produz 8 tipos de toxina (A, B, C1, C2, D, E, F e G). As toxinas patogênicas para o homem são dos tipos A, B, E e F, sendo as mais frequentes a A e a B.
História natural da doença:
O botulismo foi primeiramente descrito na Alemanha, no século XVIII, após um surto associado à ingestão de salsicha de produção doméstica, de onde se originou o nome (botulus em latim significa salsicha).
O micro-organismo foi identificado em 1897, na Bélgica, quando Emile Pierre Van Ermengen descreveu um surto em 23 membros de um clube de músicos que adoeceram e três morreram após a ingestão de presunto contaminado. Nessa ocasião se identificou a toxina botulínica tipo A. Em 1904 foi identificada a toxina tipo B. Em 1943 foi descrito o botulismo por ferimento e em 1976 o botulismo infantil, atualmente conhecido como botulismo intestinal. A partir da década de 80 foram relatados casos de botulismo associadas ao uso de drogas inalatórias e injetáveis.
A distribuição da doença é mundial, com casos esporádicos ou surtos familiares, em geral relacionados à produção e conservação de alimentos de maneira inadequada.
No Brasil a notificação de surtos e casos isolados passou a ser feita de forma sistemática a partir de 1999. Na maioria deles a toxina identificada foi a do tipo A e os alimentos mais envolvidos foram conservas caseiras.
Formas de contágio:
Há três maneiras de adquirir:
- Através de refeições;
- Por feridas infectadas;
- Por ingestão de esporos de bactérias que crescem no intestino.
Prevenção:
- Não adquirir nem ingerir alimentos cuja lata ou tampa se apresentem estufadas ou enferrujadas;
- Não adquirir nem ingerir alimentos cujo conteúdo líquido se apresente turvo;
- Não