Bosi, alfredo. moderno e modernista na literatura brasileira.
O capítulo mostra a definição de “Moderno e modernista na literatura brasileira” a partir da Semana de 22 em São Paulo, mostrando um contraste da arte com o processo social e econômico vivido no Brasil, uma espécie de província de Parnaso.
Partindo deste contraste, Serafim Ponte Grande critica São Paulo por ser apenas uma zona industrial e ironiza se o movimento modernista realmente mudaria essa visão da literatura.
Mario de Andrade, Antônio de Alcântara, Sergio Milliet e Oswald de Andrade ficaram reconhecidos internacionalmente e assim a Semana de Arte Moderna passou a República Velha das Letras para trás, como o desejado.
De toda forma, ainda houve uma dificuldade dos autores por conta da influência parnasiana, culminando assim, em um encontro de ideias e de discussão entre falar e escrever. Tornando, a Semana de 22 em um grande marco para o Brasil.
Ao mesmo tempo, as vanguardas passaram a fazer parte da arte na época, fazendo a tal esperada ruptura com o passado. A sensibilidade, emoção e produção de tais obras permitiram a fuga do parnaso. Este, mudou o modo de ver e de produzir, e quebrou os valores morais com o qual o artista estava acostumado.
Houve ainda, a criação de um ponto de vista a partir dos artistas para com a história nacional. Temas como nacionalismo, litoral-sertão, cidade-campo, branco-mestiço foram bases para que Lima Barreto e Euclides da Cunha fossem criticados por ainda obterem traços do Realismo.
Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade foram os principais responsáveis por romper com o sertanismo existente ainda por influência parnasiana, mostrando, assim, que o ano de 22 viria para tratar também de uma poética do inconsciente.
A partir de 1930, o Brasil já vivia uma época concretista e histórica.
Em síntese, Bosi afirma que as estéticas literárias não são estanques entre si, mas que elas se influenciam, se fundem. Porém, ele consegue denotar o contraste existente do