Se os programas de treino estão a ser bem dirigidos, o coração, que também é um músculo, vai adaptar-se ao esforço, procurando economizar o seu trabalho. Esta economia é visível pela diminuição da frequência cardíaca (FC) em repouso. Depois de um treino, o organismo leva algum tempo a recuperar e é através da frequência cardíaca que podemos controlar essa recuperação e avaliar o maior ou menor efeito do treino. Mesmo durante o desenrolar do programa de treino a frequência cardíaca dá-nos indicações: a) sobre a velocidade da recuperação; e b) se a intensidade da tarefa é significativa para provocar melhoria de rendimento. Para que haja um controlo eficaz sobre estas questões, torna-se muito importante que todos os dias pela manhã o atleta tire a pulsação e a registe no seu diário e em ficha própria, para assim poder informar o treinador da situação do seu organismo perante o tipo de esforço produzido. Para fazê-lo existem três técnicas: a) no pulso (através da artéria radial): o atleta deve comprimir ligeiramente a artéria contra o osso, utilizando para o efeito dois dedos (indicador e médio), contando os impulsos durante 15 seg., multiplicando depois o valor encontrado por 4, encontrando assim o número de pulsações por minuto. Nunca devemos utilizar o polegar para contar, pois este dedo pode induzir em erro dado poder-se através dele sentir as pulsações, mas aumentando falsamente a frequência cardíaca; b) no pescoço (através da artéria carótida): usa-se o mesmo processo de compressão, colocando os dois dedos sobre a carótida (Raposo, 1989); e c) no peito: coloca-se a palma da mão direita no lado esquerdo do peito, sobre o coração (Almeida & Monteiro, 2004b). Para controlar o esforço, a FC deverá ser medida imediatamente após o fim do esforço, num período de 6 seg. (e multiplicamos esse valor por 10) ou 15 seg. (e multiplicamos esse valor por 4) (Vieira, 1989). Indicando em tempo real qual a FC, um monitor de frequência cardíaca (e.g.,