balança comercial brasileira em 2010

A balança comercial brasileira fechou 2010 com um saldo positivo de US$ 20,3 bilhes. Fortemente puxadas pelas commodities, as exportações chegaram a US$ 201,9 bilhões, batendo o recorde de 2008, de US$ 198 bilhões, e superando em quase US$ 7 bilhões a meta fixada pelo governo para o ano, de US$ 195 bilhões. Trata-se do pior saldo anual da gesto do presidente Lula, que assumiu em 2003.

O resultado da balança é ainda 19,8% menor que o registrado no acumulado de janeiro a dezembro de 2009, quando o superavit foi de US$ 25,275 bilhões. O superavit de 2010, que ser anunciado hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), foi comemorado nos bastidores do governo, já que ao longo do ano alguns analistas chegaram a prever déficit na balança de até US$ 15 bilhões.

A demanda crescente da China e de outros pases emergentes e a cotação elevada das commodities nas bolsas internacionais sustentaram o saldo positivo da balança comercial brasileira em 2010.

Trata-se de um supervit expressivo, que derruba as previsões pessimistas sobre a balança comercial - avaliou uma fonte.

Segundo o ministério, tanto as exportações como as importações atingiram recorde histórico em 2010. Isso mostra que as importações cresceram mais de 40%. Por outro lado, as exportações tiveram alta menor, de 32%, frente a 2009. Os recordes anteriores, tanto das vendas como das compras externas, eram referentes a 2008. A meta para este ano das exportações era de US$ 195 bilhões.

A média diária de exportações no ano de 2010, de US$ 804,4 milhões 31,4% maior que a registrada em 2009, mas a média das importações, de US$ 723,7 milhões cresceu mais: 41,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em dezembro, o superavit foi de US$ 5,368 bilhões, com exportações de US$ 20,919 bilhões e importações de US$ 15,551 bilhões. A última semana de dezembro registrou um superavit de US$ 1,418 bilhões, com exportações de US$ 3,917 bilhões e importações de US$ 2,499 bilhões.