AULAS Teoria Do Newsmaking RESUMO
Teoria do Newsmaking
Trata-se de teoria bastante presente nas discussões acerca da rotina de produção do jornalismo. A partir da interação constante das pessoas especializadas em comunicação (jornalistas, editores, fotógrafos, etc.) surge a notícia. Abandona-se a Teoria do Espelho para entender que, de fato, o jornalismo ajuda a construir a realidade, não sendo mero reprodutor dessa realidade.
Tal atividade deixa de ser encarada como passiva e torna-se ponto de partida para transformação do cotidiano. A Teoria do Newsmaking avalia uma série de critérios: valores-notícias, grau de noticiabilidade, relações pessoais dentro da organização (empresa que fabrica a notícia), rotinas de produção da reportagem, dentre outras.
Dentro desta avaliação, busca-se entender a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos dentro da empresa de uma comunicação. Tal teoria avalia, portanto, em que grau de aparelhamento se avalia a noticiabilidade e o valor-notícia de um evento – um acidente, um jogo de futebol, uma denúncia de corrupção, uma catástrofe natural, um atentado terrorista, etc. Assim, quanto mais inédito, fantástico e diferente o fato social, maior a probabilidade dele se transformar em notícia.
Nesse processo, há que se considerar, também, o papel das fontes. Além de propor pautas, as fontes passaram a interferir de forma decisiva no processo jornalístico, sendo também produtoras ostensivas de produtos e serviços com atributos de notícias. Partem das práticas e critérios dos jornalistas e tratam de produzir conteúdos que atendem aos requisitos que tornam um acontecimento, uma notícia irrecusável, pronta para publicar. Entre os estudiosos do newsmaking destacam-se Leo Rosten (1974), Bernard Roshco (1975), Michael Schudson (1978, 1995), Gaye Tuchman (1978), Mark Fishman (1980) e o brasileiro Alfredo
Vizeu (2005).
É necessário, também, constatar que há superabundância de fatos no