Assistência de enfermagem ao recém-nascido com icterícia neonatal
A icterícia ou hiperbilirrubinemia neonatal é caracterizada segundo Avery (2007) pela coloração amarela da pele dos recém-nascidos (RN) em conseqüência do aumento da bilirrubina superior a 5-7 mg/dL. É um dos problemas mais comuns que acometem os recém-nascidos. Cerca de 60% dos RNs desenvolvem níveis séricos de bilirrubina superior a 5mg. (BLAND, 1996 apud DE CARVALHO, 2001). Entre 25 a 50% de todos os RNs a termo e uma maior porcentagem de prematuros manifestam icterícia clínica. (VINHAL, CARDOSO E FORMIGA, 2009). Diante da importância expostas pela sua epidemiologia, a icterícia em neonatos deve ser identificada e avaliada pela equipe de saúde de forma minuciosa. A enfermagem como integrante ativa, deve-se atentar aos principais cuidados na condução de seu tratamento assim como apoiar a genitora e familiares oferecendo suporte emocional, comunicando-os sobre os procedimentos com a finalidade de proporcionar tranquilidade e estimulá-los com os cuidados com o recém-nascido. Dada a relevância ao tema abordaremos no presente trabalho os principais aspectos relacionados à icterícia neonatal, o metabolismo da bilirrubina, os tipos de icterícia e suas características, as terapêuticas utilizadas e seus cuidados assim como os possíveis diagnósticos e intervenções de enfermagem.
2. TIPOS DE ICTERÍCIA
WONG (1999) enumera outras condições que podem causar a icterícia patológica (relacionada a doenças) no recém-nascido e estas condições dever ser descartadas caso a icterícia persista, ou se os outros sintomas relacionados se manifestarem. Estes distúrbios incluem:
· Atresia biliar – obstrução dos ductos biliares resultante do insuficiente desenvolvimento destes antes do nascimento (intra-útero).
· Galactosemia;
· Cefaloematoma;
· Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase – defeito hereditário das enzimas, ligado ao sexo e que resulta na ruptura dos glóbulos vermelhos quando a pessoa sofre um estresse por uma