As artes brasileiras na decada de 1930
A pintura
As décadas de 1930 e 1940 foram marcadas por momentos de definição política e por um engajamento por parte dos artistas nas lutas sociais. Tarsila do Amaral, após seu rompimento com Oswald de Andrade, viaja em 1931 à antiga União Soviética, expondo em Moscou. Volta impressionada com o drama dos trabalhadores e das classes oprimidas; sob o impacto dessa experiência, produz algumas de suas obras mais engajadas, como “Os operários” e “Segunda classe”.
A arquitetura
A década de 1930 marcou o período áureo das construções “art déco” no Brasil, coincidindo com um momento de forte urbanização. São dessa época e desse estilo, por exemplo, os projetos arquitetônicos dos primeiros prédios de Goiânia. No Rio de Janeiro, a primeira construção “art déco” foi o edifício “A Noite”; esse estilo é tão marcante na paisagem carioca que dois ícones da cidade são “art déco”: o prédio da estação Central do Brasil e o Cristo Redentor. Espalhados pela cidade de São Paulo, vários edifícios, como o Instituto Biológico seguiram o estilo de muita simetria, com suas linhas retas e volumes geométricos.
Os anos 1930
O Modernismo, que nascera sob o signo da euforia, da festa – conceito e situação que podem explicar a blague, o poema-piada, o humor -, à medida que a crise mundial progride, que os problemas surgem criados pela máquina, vai mudando de atitude, compenetrando-se do drama que está sendo gerado. De fato, passada a fase mais heroica, que se iniciou em 1917 e se prolongou por cerca de dez anos, as definições ideológicas e os posicionamentos políticos – no campo interno -, a crise mundial agravada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, e a ascensão do nazifascismo apontam para uma nova postura dos artistas brasileiros ao longo dos anos 1930. A eleição de 1° de março de 1930 para a sucessão de Washington Luís representava a disputa entre o candidato Getúlio Vargas, em nome da Aliança